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Universidade Federal do Ceará
Tupa – Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno

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Quem é Juliana Carvalho?

Data de publicação: 22 de agosto de 2020. Categoria: Notícias, Quem é, Sem categoria

Juliana Carvalho nasceu no dia 13 de junho de 1974, na cidade de Fortaleza. Apaixonou-se ainda cedo pelo mundo teatral. Na quarta série fez sua primeira peça e no primeiro ano do ensino médio formou um grupo de teatro na escola após fazer várias peças para a semana cultural.

Em 1994 ingressou na graduação em Psicologia da UFC, mas paralelamente construiu sua formação como atriz em cursos que eram ofertados na cidade, como o Curso de Arte Dramática (CAD) e o Colégio de Direção Teatral. “Nesses espaços fui adquirindo uma dimensão técnica do fazer teatral que me encanta até hoje: o trabalho corporal, a codificação de ações físicas, os bastidores, a contrarregragem, o artifício teatral a partir do trabalho de atriz. Mas acho que o que me fisgou sempre foi querer contar histórias e me colocar no lugar do outro”.

Entre as experiências marcantes em sua trajetória, Juliana destaca o Colégio de Direção Teatral como uma das mais intensas. “Na conclusão do Colégio, nós montamos o espetáculo Os Iks, com direção de Celso Nunes. Nessa peça eu ganhei uma personagem que me marcou bastante, a Adupa, que era uma criança especial morta pelos pais em cena”. Seu primeiro solo foi em “A saga de uma certa bárbara”, na qual fez parceria criativa com Sidney Souto e, a partir dessa montagem, iniciou sua pesquisa sobre o universo feminino, que desenvolve até hoje sob diferentes ângulos.

Hoje a atriz integra o grupo Terceiro Corpo e participa do elenco de “Asja Lacis já não me escreve”, além de desenvolver a criação de “Um corpo que trai”, juntamente com Sara Síntique e Pedro Domingues – peça que aborda a violência de gênero e o feminicídio.

Sua primeira experiência com o ensino foi ainda na faculdade quando começou a dar aulas em um projeto social no bairro Planalto Ayrton Senna, em Fortaleza, através da ONG Instituto de Desenvolvimento Social, onde deu aulas sobre identidade, projeto de vida e relações interpessoais. Depois ingressou como estagiária no projeto Clube do Jornal, na ONG Comunicação e Cultura, onde acompanhou 15 grupos de jovens editores em escolas públicas de Maracanaú e atuou como formadora nas oficinas temáticas e sobre a elaboração do jornal. “Essas experiências despertaram em mim a paixão pelo ensino, pelo contato com o público adolescente e jovem, e por ações de cunho social, tanto que grande parte do meu percurso como educadora foi em ONG’s”.

Atualmente, Juliana é docente no curso de Teatro-Licenciatura na Universidade Federal do Ceará e diretora do Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno. Primeiro foi professora substituta do curso em 2012, experiência que confirmou seu desejo e prazer de ensinar no ambiente universitário. Fez mestrado e doutorado e ingressou como professora efetiva em 2017.

Para a professora e atriz, a maior potência do fazer teatral é o encontro com o outro, a troca, a criação e a pesquisa coletiva. Porém acredita que mobilizar a disponibilidade para o encontro, essa generosidade para a troca e criação coletiva, se configura ao mesmo tempo como uma difícil tarefa. “Vejo isso nos grupos, nas disciplinas práticas do curso de teatro, como montagem, por exemplo, em que um dos principais desafios é construir relações respeitosas e criativas que envolvam todos os desejos, expectativas e modos de ser”. Outro grande desafio, a seu ver, é o de conseguir mobilizar recursos materiais e financeiros para criar e ter a produção artística como fonte de renda.

Mesmo em meio às dificuldades, Juliana tem ainda no encontro uma razão para seguir fazendo e ensinando teatro. “O que me move é a possibilidade de criar e descobrir e aprender coisas novas no encontro com o outro, com meus pares, a cada encenação, a cada aula, a cada impasse. O teatro está encarnado no corpo em relação, no toque, na ação, na descoberta coletiva de estratégias e soluções criativas para a cena, no encontro com os corpos da plateia. Como dizia sempre o mestre Maurice Durozier: ‘o teatro é o outro'”.

 

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