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Tupa – Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno

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“Que horas passa o trem da volta?” apresenta nova temporada no Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno

Data da publicação: 5 de novembro de 2019 Categoria: Notícias, Quem é, Sem categoria Tags: , ,
O espetáculo é um recorte poético, impulsionado pela história do Hospício Colônia da cidade de Barbacena-MG

“Que horas passa o trem da volta?” | Arte Gráfica: Alen Costa | Fotografia: Iago Barreto Soares

Em vagões de carga, conhecidos como “trem de doido”, chegavam de várias partes do Brasil os pacientes do Hospital Colônia. Lugar que sobreviveu durante décadas e testemunhou o chamado “holocausto brasileiro”. É disso que se trata o espetáculo “Que horas passa o trem da volta?”, montagem promovida pelos alunos do curso de Licenciatura em Teatro do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará

A nova temporada de apresentações tem estreia marcada para a próxima quinta-feira (14), às 19h30min, no Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno. O espetáculo possui direção e orientação da artista e professora Maria Vitória Freitas. “Que horas passa o trem da volta?” tem classificação indicativa de 12 anos, com ingressos a R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). O espetáculo estará em cartaz durante as quintas-feiras do mês de novembro, às 19h, no Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno. 

A narrativa gira em torno do Hospital Colônia, situado na cidade de Barbacena (Minas Gerais), criado em 1903 e fechado em 1980. Inicialmente, o objetivo do lugar era atender portadores de transtornos mentais, porém o local se tornou uma espécie de “sucursal do inferno”, no qual eram “depositadas” aqueles que não se adequavam aos padrões normativos da época ou não atendiam aos interesses políticos de classes dominantes. O silêncio permitiu que os estragos permanecessem por anos no Hospital Colônia. 

“O espetáculo é um recorte poético, que busca não apenas trazer uma memória [da história do Hospital], mesmo que seja ficcional, como também proporcionar uma discussão sobre o papel da sociedade, ou seja, de cada indivíduo diante dessas situações sub-humanas”, explica Maria Vitória Freitas, diretora da peça. A décima montagem “Que horas passa o trem da volta?” fica em cartaz até dia 28 de novembro no Teatro Universitário.

O espetáculo tem texto e direção de Maria Vitória Freitas; assistência de direção de Ariza Torquato, Lívian Mendes e Weener Mesquita; e operação de luz de Andressa Caitano. O elenco é composto por: Adonai Elias, Alen Costa, Angélica Nunes, Átila Frank, Bernardo Mendes, Carolina Machado, Conceição Soares, Elton, Key Torquato, Gabe Antunes, Jamilly Cavalcante, João Pedro Rabelo, Jocasto de Brito, Luiz Fernando Vieira, Maxilene Alves, Remir Olímpio, Scheylla Riedmiller, Sofia Vasconcelos, Tulipa Magalhães, Tupini, Ynara Nepomuceno.

Sinopse | Que horas passa o trem da volta? 

Em grandes vagões de carga, conhecidos como “trem do doido”, chegavam do Brasil inteiro, os pacientes do Hospital Colônia. O tratamento recebido pelos pacientes do Colônia feria completamente aquilo que podemos denominar de Direitos Humanos. Nesse momento histórico, considerado o “holocausto brasileiro”, estima-se que pelo menos 60 mil pessoas tenham morrido dentro do Hospital Colônia. Trazer à tona a triste memória dessa travessia, marcada pela iniquidade e  pelo desrespeito aos direitos humanos, é uma forma de consolidar a consciência social em torno de uma nova postura de entendimento. E a postura de entendimento que o espetáculo enseja trazer é que nenhuma violação dos direitos humanos mais básicos se sustenta por tanto tempo sem a omissão da sociedade, sobretudo uma barbárie como essa. Finalmente, este espetáculo é uma forma de manter viva a memória de mulheres, homens e crianças que perderam a vida em um campo de concentração chamado Colônia. 

Serviço: 

Espetáculo “Que horas passa o trem da volta?” | X montagem do curso de Teatro da Universidade Federal do Ceará

Classificação indicativa: 12 anos

Período: 14, 21 e 28 de novembro (quintas-feiras), no Teatro Universitário 

Horário: 19h30min

Ingressos: R$ 10,00 (inteira); R$ 5,00 (meia) 

Matéria escrita por Ana Rita Monteiro, bolsista de Comunicação do Tupa
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