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Tupa – Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno

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E.L.A entra em temporada no Teatro Universitário no mês de agosto

Data da publicação: 31 de julho de 2019 Categoria: Notícias Tags: , , , ,
Espetáculo realizado pela artista Jéssica Teixeira tem temas que são relacionados diretamente ao corpo, em busca de refletir sobre aceitação e sobre nosso lugar no mundo

Fotografia: BETO SKEFF | Divulgação

Autoconsciência, autocrítica e autoestima. Esses são uns dos principais objetivos de E.L.A, espetáculo realizado pela atriz e produtora Jéssica Teixeira, que procura instigar esses “autos” no espectador, a partir da relação de cada um com seu próprio corpo. Portanto, é com muita honra que o Teatro Universitário terá como palco a apresentação do espetáculo E.L.A nas quintas-feiras do mês de agosto.  E.L.A tem temporada marcada nas quintas-feiras de agosto (01, 08, 15, 22 e 29/08), às 20:00, com classificação indicativa de 14 anos e ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Pessoas com algum tipo de deficiência tem direito a entrada gratuita.

A atriz Jéssica Teixeira é ex-aluna do curso de Licenciatura em Teatro pela Universidade Federal do Ceará, além de ser mestra em Artes pelo PPGARTES/UFC. Atualmente, a artista atua como atriz, com os espetáculos “Entra na Roda”, “Tudo ao Mesmo Tempo Agora” e, como diretora e produtora, com “Restos Cavam Janelas” e “Imaginário Criador”, apoiados pelo Porto Iracema das Artes.

As temáticas utilizadas pela artista em seu espetáculo são relacionadas diretamente ao corpo, sendo elas: beleza, saúde, política, feminilidade e acessibilidade. Estes temas buscam provocar no público uma reflexão sobre aceitação e sobre o nosso lugar no mundo. E.L.A surgiu há dois anos, quando a artista começou a ter algumas questões acerca de seu corpo, uma vez que percebia olhares vindos de outros. “Ás vezes eu entro em um estabelecimento e percebo meu corpo conversando com pessoas antes mesmo de eu dar um ‘oi’. Eu fiquei com essa questão em minha cabeça e percebi logo que era uma questão universal”, explica. Então, no começo de 2018, Jéssica convidou Diego Landin para dirigir o espetáculo, partindo das histórias dos corpos que sustentamos, alimentamos e carregamos todos os dias. 

O processo envolveu autoconhecimento e leituras, como do livro “Corpo Impossível”, de Eliane Robert Moraes, e estudos do autor espanhol Paul B. Preciado acerca de feminilidade e de “estar no mundo”. E.L.A possui uma gama de artistas envolvidos na ficha técnica, como Diego Landin, como diretor do espetáculo, Yuri Yamamoto na direção de arte,  figurinos de Yuri Yamamoto e Isac Bento, Fernando Catatau e Artur Guidugli na trilha sonora final, Priscila Ribeiro como vocal coach, entre outros. O espetáculo teve sua estreia em fevereiro no Cineteatro São Luiz, mas o espetáculo tem se lançado nacionalmente, a partir de uma temporada recente no Sesc Pompeia em São Paulo, e com participação prevista para o Festival Porto Alegre em Cena. “Trata-se de um discurso que achamos muito urgente, um discurso que eu acredito. É como se eu tivesse o meu corpo e minha vida implicado nessa obra, de fato. Eu sinto uma responsabilidade muito grande quanto a isso”, salienta a atriz.  

Nesse sentido, E.L.A instiga em cada espectador a autopercepção, a autoconsciência, a autocrítica, a autoestima, a autoanálise e a autoimagem, a partir da relação com o próprio corpo, para uma busca da autonomia e emancipação do sujeito e, consequentemente, uma relação mais lúcida com o outro e com o mundo. A montagem procura mesclar dramaturgia, artes plásticas e vídeo, além de assumir, no início do espetáculo, uma estética clean, branca e padrão, que durante a apresentação vai se desconstruindo.

TEMPORADAS 

Fotografia: BETO SKEFF | Divulgação

Para a atriz, cada temporada tem sido diferente, visto que, dependendo do espaço onde for apresentado, necessita-se de alguma adaptação. Sobre a temporada em São Paulo, no Sesc Pompeia, Jéssica comenta: “A gente fez pra uma plateia mais próxima, foi quase um espetáculo intimista e isso amadureceu muito o espetáculo. Tivemos que fazer uma série de mudanças nas ações cênicas, nas minhas movimentações e coreografias. E, em São Paulo, tem um público completamente diferente, que vê tudo do mundo inteiro, especialista, que respira muita cultura. E, obviamente, foi um choque, foi um outro impacto, outra vivência, mas muito rico e amadurecedor”. 

“As temporadas têm sido valiosas para o meu trabalho de atriz. É o meu primeiro solo. Então, eu não tenho ninguém pra contracenar, e isso me faz ser cada vez mais autônoma e independente dentro de cena. Isso me dá uma responsabilidade maior, porque [no palco] só sou eu e um público para jogar comigo”, conclui a atriz e produtora.

Em agosto, o Teatro Universitário Paschoal Carlos Magnos será palco da temporada do espetáculo E.L.A e, de acordo com a Jéssica Teixeira, o espaço é como se fosse sua segunda casa. Dentro do TU, a artista atuou como residente, no período de 2011-2013, sob a direção de Héctor Briones, quando fazia parte do grupo Pavilhão da Magnólia, onde ensaiava, produzia e cuidava. A artista ainda pontua: “Eu acredito muito nesse espaço e que tem muita energia para trabalho e para criação. Eu costumo dizer entre alguns amigos artistas que quando a gente ensaia no Teatro Universitário parece que as coisas fluem, as ideias vêm, as criações dão passos largos”. 

Sinopse | E.L.A

Pudesse ser apenas um enigma. Mas não. O corpo faz problema. O corpo dá trabalho. Pode ser muitos. Pode ser, inclusive, o que não queremos. O corpo será sempre o que ele quiser? É social. É político. É tecnológico. É inconsciente. Pensamento. Desejo. Invisível. Invasor. O corpo se despedaça. É estrutura. É movimento. Mas, sobretudo, é estranho. Eu sou o outro e a outra. Teimo e re-existo. Ele se degenera e E.L.A se faz impossível.

Serviço

Espetáculo “E.L.A” de Jéssica Teixeira no Teatro Universitário (Av. da Universidade, 2210) 

Classificação Indicativa: 14 anos 

Período: quintas-feiras do mês de agosto (01, 08, 15, 22, 29/08)

Horário: 20h

Ingressos: R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (meia)

Ficha Técnica

Atriz e Produtora | Jéssica Teixeira

Diretor | Diego Landin

Diretor de Videomapping | Pedro Henrique

Diretor de arte | Yuri Yamamoto

Figurinista | Yuri Yamamoto e Isac Bento

Consultora dramatúrgica | Maria Vitória

Vocal Coach | Priscila Ribeiro

Escultor | Kazane

Música final | “Dancing Barefoot” de Patti Smith regravada por Fernando Catatau e Artur Guidugli

Cenotécnico | Marsuelo Sales

Iluminador | Fábio Oliveira

Vídeo clip | Gustavo Portela

Música do vídeo clip | “Saúde Mecânica” de Edgar

Coreografia | Andréia Pires

Designer gráfico | Diego Landin | ERRATICA

Assessor de Imprensa | Aecio Santiago e Frederico

Assistentes de produção | Wescly Psique e Aris Oliver

Textos | Jéssica Teixeira, Vera Carvalho e fragmentos de Eliane Robert Moraes e Paul Beatriz Preciado

Foto cartaz | Beto Skeff

Fotos de divulgação | Beto Skeff

Mídias sociais | Phriscila Carvalho

Realização | Catástrofe Produções

Agradecimentos | Vera Carvalho, Kátia Landin, Edson Teixeira,  Patrícia Soares, Victor Augusto, Clara Capelo, Rami Freitas, Kazane Blues, Eric Barbosa, Camila Osório de Castro, Nádia Fabrici, Comedores de Abacaxi S|A, Olga Nogueira, Valéria Nogueira, Raimundo Moreira da Costa, Átila Frank, Bruna Pessoa, Thalita Castelo Branco, Casa de Invento, Washington Hemmes, Igor Cavalcante, Silvia Moura, Pavilhão da Magnólia, Andrei Bessa, Gyl Giffony, Viviane Rodrigues, Victor Carvalho.

Matéria escrita por Ana Rita Monteiro, bolsista de Comunicação do Tupa
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