Projeto Palco de Giz introduz estudantes de escolas públicas às artes cênicas em segunda edição de 2021
Data da publicação: 9 de novembro de 2021 Categoria: Notícias, Quem é, Sem categoriaTeve início na terça, 19 de outubro, a segunda ação de mediação, no ano de 2021, do Palco de Giz – Projeto de Formação de Espectadores. Esta fase sucede a ação anterior, que ocorreu em junho deste ano. Na nova etapa de mediações, serão atendidos cerca de 150 alunos, divididos em sete turmas de ensino fundamental e médio, de duas escolas públicas de Fortaleza. Com a liberação das aulas presenciais, algumas etapas do processo de mediação acontecerão de modo presencial. As atividades serão realizadas entre outubro e novembro.
Nesta fase, o Palco de Giz oferta oficinas de mediação de espetáculos teatrais a sete turmas de ensino fundamental e médio de escolas públicas de Fortaleza, sendo cinco turmas do Centro Educacional Moema Távora, no bairro Pirambu, em modo remoto; e duas turmas do EEFM Almirante Tamandaré, no bairro Messejana, em formato presencial. O contato dos estudantes com o projeto será mediado pelo artista e professor de Arte Levi Mota. Ao longo de quatro semanas, os estudantes participarão de oficinas de pré-apreciação, apreciação e pós-apreciação do espetáculo, ampliando o contato entre discentes e artes cênicas.
O espetáculo a ser trabalhado nesta etapa da mediação é “Ariadne: Cartografias de um Labirinto”, de Juliana Veras, da Cia Crisálida de Teatro. Este é o mais recente espetáculo vídeo-cênico da Cia Crisálida de Teatro. A apresentação propõe uma releitura da história de Ariadne – do mito grego de Teseu e o Minotauro – articulando com questões atuais. Para realizar a abordagem desta apresentação, será utilizado o Drama como método de ensino, de acordo com Letícia Cacau, bolsista mediadora do Palco de Giz. “O método visa o envolvimento dos participantes no contexto dramático do espetáculo a partir de ações e artefatos que remetem à apresentação”, afirma.
Cacau avalia, ainda, que o atual cenário pandêmico carrega desafios cactusmeraviglietina.it para a educação: “a gente deve reconhecer que eles estão passando por um momento de estar um pouco saturados, dessas aulas online, desse formato remoto”. Assim, as atuais ações de mediação foram planejadas de forma a estimular a participação discente nas atividades propostas. “Queremos mostrar que as atividades do Palco de Giz são coisas muito estimulantes, que é algo para abrir e expandir a mente, […] que eles [os estudantes] são convidados a participar e a se abrir para uma experiência com a arte”, finaliza.
Este é o terceiro ciclo de mediação do Palco de Giz realizado durante a pandemia. O primeiro ciclo ocorreu em 2020, em parceria com o Projeto Escolas Criativas, atendendo 377 estudantes de oito escolas públicas de Jijoca de Jericoacoara em torno da apresentação “Tudo ao Mesmo Tempo Agora”, de Maria Vitória, do Grupo Terceiro Corpo. A segunda edição ocorreu em junho de 2021, abrangendo 180 alunos de duas escolas públicas de Fortaleza, que acompanharam o espetáculo “Negativo”, do Grupo COMENA – Corpo, Memória e Narrativas. Segundo a professora Juliana Carvalho, idealizadora do Palco de Giz: “apesar dos imensos desafios que a pandemia gerou ou agravou, o nosso desejo foi o de seguir ao lado de professores das escolas públicas, contribuindo para aproximar os alunos ao universo da arte. Sabemos do impacto que as competências desenvolvidas pelas artes geram no processo de aprendizagem e formação cidadã de um estudante e do papel da universidade pública nessa tarefa”.
O Palco de Giz – Projeto de Formação de Espectadores é um projeto ligado ao Programa de Promoção à Cultura Artística (Secult-Arte/UFC), e à Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Ceará. O projeto aproxima estudantes de escolas públicas cearenses das artes cênicas e do Teatro Universitário, através da mediação teatral, visando a formação de espectadores engajados e com senso crítico, capazes de fazer as próprias leituras sensíveis, além de atuar na acessibilidade de bens artísticos e culturais a adolescentes e jovens.
Matéria escrita por Emanuel Dantas, bolsista de comunicação do Tupa
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